Planetário - Casa de Ciência de Braga

Piquenique e conversa no jardim do Centro Ciência Viva de Braga: Uma questão de ADN das espécies exóticas marinhas

Piquenique e conversa no jardim do Centro Ciência Viva de Braga: Uma questão de ADN das espécies exóticas marinhas

03-09-2021


Os ecossistemas marinhos têm elevado valor ecológico e socioeconómico, proporcionando uma série de serviços essenciais. Estes serviços e funções ecológicas incluem: a reciclagem de nutrientes, a regulação do clima, o controlo da erosão e a provisão de alimento, entre outros. A biodiversidade marinha é um bem precioso e responsável pela manutenção destes serviços. Monitorizá-la permite-nos obter informação muito relevante sobre o estado de saúde dos ecossistemas, descobrir “hotspots” (locais de grande incidência) de biodiversidade, detetar espécies em risco e detetar, atempadamente, a introdução de espécies exóticas, algo fundamental para a gestão sustentável destes ecossistemas. A introdução de espécies exóticas e o risco de se tornarem invasoras é uma das principais causas da perda de biodiversidade nos ecossistemas marinhos. Estas espécies, ao serem introduzidas fora dos seus habitats naturais, podem competir pelos mesmos recursos naturais que as espécies nativas provocando impactos negativos nos ecossistemas. Em ambientes marinhos, a maioria destas espécies são algas e invertebrados (moluscos, crustáceos, anelídeos), cuja identificação morfológica é muitas vezes desafiante e um processo que se pode tornar muito moroso. As metodologias moleculares de identificação das espécies usam como base o ADN, o que não exige um elevado conhecimento a nível taxonómico. Uma vez que o ADN está presente em qualquer estádio de vida dos organismos, as ferramentas moleculares resultam numa elevada sensibilidade técnica, permitindo detetar fases de vida precoces (ainda não identificáveis com base na morfologia como larvas e ovos) ou densidades muito baixas (por exemplo, espécies exóticas que tenham acabado de ser introduzidas). A deteção de uma espécie invasora logo após a sua introdução, enquanto a sua população é reduzida e ainda se encontra confinada a uma pequena área, maximiza as chances da sua erradicação e de uma gestão mais eficiente a nível local. Esta conversa vai ser guiada pela investigadora Sónia Duarte, da Universidade do Minho.

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Mais informações e inscrições para: geral@casacienciabraga.org


Este projeto recebeu financiamento da União Europeia através Programa de Investigação e Inovação Horizonte 2020, Marie Sklodowska-Curie, GA 101036079.